Quem sou eu?

Olá sou a Susete Lourenço, e a organização esteve sempre presente na minha vida. Nunca me senti bem em espaços com muita tralha e não podia ver uma gaveta por arrumar.

Levou-me o destino a escolher a área da organização da documentação, onde trabalhei durante 24 anos.

Como estagiária, na Biblioteca do ISCTE, no primeiro emprego na Bolsa de Valores de Lisboa no Centro de Documentação, e depois na Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários – CMVM, também na Biblioteca e Arquivo, como responsável das duas áreas.

No último ano de permanência na CMVM, não me sentia realizada, precisava de mudar, fazer algo diferente, mas fui ficando. Mudar para onde? A fazer o quê? Resignação.

Em 2016, o desconforto dentro de mim aumentou, a falta de motivação de manhã para ir trabalhar começou a incomodar-me, mas mais uma vez tentei não ligar.

O meu corpo começou a dar-me sinais de que eu não estava bem. Tensão arterial alta, noites que dormia muito pouco, um cansaço sempre presente e um mau humor terrível. Medicada continuei a trabalhar.

Em setembro, senti-me mal: um peso no peito que não me deixava respirar, uma sensação estranha no meu corpo que não consigo adjetivar, e durante uma conversa com um colega de trabalho a minha língua enrolou-se. Acabei por ir ao hospital. Tensão muito alta e “por sorte” como disse o médico não tinha tido um AVC. Ainda hoje não sei explicar muito bem como não aconteceu o pior.

Diagnóstico: cansaço extremo com necessidade de descanso 4 meses em casa, aquilo que agora se chama de “burnout”.

4 meses em casa? E o trabalho? E a Vida?

Mas foi muito importante esta paragem forçada. Repensei muitas coisas, comecei a valorizar e a desvalorizar outras, mas acima de tudo percebi que não estava feliz naquela Vida porque não estava alinhada com o meu Propósito de Vida. Mas o que é isso, Propósito de Vida? É sentir que faz sentido aquilo que fazemos, que muda a minha vida e das outras pessoas. Fazer a diferença, pela positiva.

Regressei ao trabalho, mas nada mais fazia sentido naquela Vida. A minha tensão arterial voltou a subir e eu percebi que tinha de mudar de vida ou poderia não voltar a ter a mesma sorte que tinha tido meses antes. Medo, foi o que senti, mas percebi que tinha mesmo de mudar.

Em agosto de 2017, tomei a decisão consciente e pedi a demissão. Sai sem trabalho, sem ideia do que ia fazer. Mas rapidamente percebi que o que eu queria fazer era ajudar pessoas a serem mais felizes. Percebi que a organização permite além de outras coisas a felicidade e foi assim que encontrei o meu caminho.

Criei a Home Optimizer, em março de 2018. Uma empresa de consultoria na área da organização, onde a nossa missão é inspiramos as pessoas a desenvolverem soluções de organização, para funcionarem melhor e ganharem tempo, bem-estar e qualidade de vida, para que sejam verdadeiramente felizes.

Durante estes últimos anos, fiz formação na área da organização na International Association of Professions Career College, tornei-me a primeira Professional Member em Portugal, da conceituada NAPO – National Association of Productivity & Organizing com o certificado de Live Transitions. A formação contínua em áreas e ferramentas complementares para o bom desempenho desta profissão: Feng Shui, Comunicação consciente, Search Inside your self, da Google e outras.

E depois?

Depois veio a pandemia em 2020 e a Home Optimizer ajudou a ultrapassar esta fase das nossas vidas coletivas, com dicas, formação e workshops para que a Organização estivesse sempre presente! Foi um desafio ultrapassado!

Surgiu o convite para escrever o livro Casa Organizada, Vida Feliz e continuamos a ajudar e inspirar. Fui fundadora da Orgazine, uma revista mensal dedicada à Organização e surgiu o convite da NAPO para ser embaixadora na Europa desta organização tão importante.

Sou sócia fundadora da APEOP – Associação Portuguesa de Especialistas em Organização e Produtividade. Atualmente desempenho o cargo de presidente.